Thursday, February 28, 2008

TRATADO DE METHUEN


Tratado, feito em 1703, entre Portugal e Inglaterra, que acordou a venda, em condições vantajosas, dos vinhos portugueses no mercado inglês. A Inglaterra, em troca, podia vender os seus tecidos (sobretudo de lã) nos mercados portugueses sem quaisquer restrições. Este tratado estimulou a produção de vinho, sobretudo do vinho do Porto, mas, por outro lado, levou ao abandono da poliítica manufactureira (sobretudo ao nível dos têxteis) e prejudicou também a cultura dos cereais, devido à plantação da vinha em terrenos tradicionalmente cerealíferos. O ouro brasileiro, escoado em grande parte para a Inglaterra a fim de equilibrar a balança comercial, foi pouco aplicado no sector manufactureiro.

Curiosidade: A designação usada para o tratado de 1703 entre a Inglaterra e Portgal deriva do nome do embaixador John Methuen que o assinou em Lisboa.

MEDIDAS PROTECCIONISTAS APLICADAS EM PORTUGAL PELO CONDE DA ERICEIRA




BALANÇA COMERCIAL




Balança comercial: Relação entre as importações e as exportações de um país. A balança comercial é favorável se o valor as exportações for superior ao das importações e é desfavorável quando acontece o contrário.

MERCANTILISMO







Mercantilismo: Doutrina económica que vigorou em alguns países da Europa nos séculos XVII e XVIII, segundo a qual o objectivo económico de um Estado era enriquecer acumulando a maior quantidade possível de metais preciosos. Nesta época, os pagamentos internacionais eram feitos em ouro e prata. Para o conseguir, os governantes favoreciam a produção e a exportação e limitavam a importação de produtos.



Manufactura: Modo de produção em que o fabrico é predominantemente manual.



Proteccionismo: Medidas económicas (fiscais, alfandegárias e outras) adoptadas por um Estado com o objectivo de aumentar as exportações e diminuir ou impedir as importações. Essas medidas protegem a produção nacional face à concorrência estrangeira.

Thursday, February 21, 2008

UM ENGENHO DE AÇUCAR

O Tráfico Negreiro e a Economia Açucareira
Portugal perdeu o monopólio do comércio com o Oriente em meados do século XVI, provocando uma viragem nos interesses coloniais portugueses para o Atlântico. Por um lado, no Brasil desenvolveu-se uma intensa produção de açúcar em grandes explorações agrícolas, com engenhos que transformavam a cana-de-açucar em açúcar. Por outro lado, África fornecia a mão-de-obra escrava, necessária para as grandes plantações de açúcar, conduzindo a um intenso tráfico negreiro entre a costa africana e o Brasil. Depois de os Portugueses terem tentado utilizar os índios para trabalho escravo, verificaram que estes não se adaptavam, o que tornou necessário recorrer aos escravos africanos.

TRÁFICO NEGREIRO



COMÉRCIO TRIANGULAR NOS SÉCULOS XVII E XVIII


FRANCIS DRAKE (1540-1596) - CORSÁRIO E NAVEGADOR INGLÊS


ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELA INGLATERRA PARA DOMINAR OS MARES E O COMÉRCIO INTERNACIONAL


Oliver Cromwell (1599-1658).


ACTO DE NAVEGAÇÃO



O Acto de Navegação (lei inglesa proteccionista de 1651) estabelecia que:
•As mercadorias importadas pela Inglaterra só podiam
ser transportadas por navios ingleses ou por navios dos
países donde eram originárias.
• Todos os produtos coloniais ingleses só podiam
ser transportados para a Inglaterra por barcos ingleses.
Consequências:
O Acto de Navegação levou ao desenvolvimento da
marinha mercante inglesa, ao incremento
do comércio ultramarino inglês e sobretudo, à decadência comercial
da Holanda, até aí a principal intermediária do
comércio europeu.

A Crise do Império Português do Oriente


Aumento do número de naufrágios, fosse por razões naturais, ataques de piratas e corsários ou por sobrecarga dos navios;
- Reanimação da Rota do Levante pelos Turcos e Italianos, através da qual forneciam por terra a Europa com os mesmos produtos trazidos pelos Portugueses do Oriente;
- Concorrência comercial dos Holandeses, Ingleses e Franceses através do ataque aos nossos barcos e possessões;
- Dificuldade de administração de um império tão vasto, disperso e longínquo, com uma escassa população e com fracos recursos financeiros;
- Administração corrupta, com funcionários que procuravam o enriquecimento pessoal à custa dos negócios do reino;
- Má qualidade das especiarias.